Para muitas pessoas (eu), a Copa do Mundo é aquele momento de retomar o contato com o futebol. Apesar de minhas referências esportivas não serem tão antigas como certos participantes deste blog (As referência de maikel de Abreu são: Paulo Nunes, Michael Jordan e Michael Owen, ou seja, ficou parado nos anos 90 o menino), ainda assim não tenho a menor ideia do que está acontecendo pelos gramados do esporte bretão.
Vários fatores são os motivos para esse desinteresse: a tragédia que foi a Copa de 2014, o péssimo gosto para corte de cabelo dos jogadores (sempre criando as piores tendências, como a volta do brinco de cruz, por exemplo) e o jogo em si. De qualquer forma, a Copa do Mundo é outra história, é um evento muito diferente de jogos de futebol normais. Envolve países e bandeiras, o que faz com que meu interesse por países e bandeiras seja renovado (para quem não sabe, um dos meus passatempos preferidos na infância era passar horas olhando atlas e mapas mundiais, além de desenhar bandeiras de países, nerd…)
Fica a ressalva que numa sequência horrível de países para sediar uma Copa, a escolha do Catar é um desastre. Inúmeras são as denúncias de trabalho analogo a escravidão na construção dos estádios, além de outros problemas sérios em uma região um tanto quanto contubarda. Dito isso vamos ao guia.
Para organizar melhor a experiência de ver os jogos as seleções foram divididos em 7 grupos:
Brasil
Fácil. É possível e até incentivado torcer por alguma outra seleção durante a Copa, mas se em algum momento ela jogar contra o Brasil essa torcida tem que acabar imediatamente. Torcer para Holanda ou Alemanha é falta de caráter, e apesar de sabermos que o patriotismo é o último refúgio do canalha, isso não se aplica a seleção brasileira em copas (e não, não me interessa de onde seu tataravô veio).
O terceiro mundo vai explodir (mas antes vai ganhar nossa torcida)
Essa é uma filosofia muito importante pregada pelo saudoso Vô Miro quando assistia qualquer partida de futebol (e ele assistia TODAS as partidas): sempre torcer para o mais fraco. Em uma Copa do Mundo não é diferente, por isso qualquer seleção da América Latina (com uma exceção importante) e África tem que obter automaticamente nosso apoio.
Aqui a escolha é livre, fica a critério do torcedor. Pode ser por conta das cores da bandeira, do uniforme, se achou um jogador bonito, se visitou o país em um mochilão ou se gosta de comida mexicana, qualquer motivo é válido. As seleções do Equador, Senegal, México, Tunísia, Costa Rica, Marrocos, Camarões, Gana e Uruguai, têm automaticamente nossa torcida.
Riquinhos, porém cheirosos
Esse é um grupo de seleções cuja qualidade de vida é boa, porém a qualidade no futebol nem tanto, por isso eles ficam um pouco abaixo na lista. Ela é composta de países asiáticos, da Oceânia ou da América do Norte. Fazem parte desse grupo Austrália, Japão, Canadá e Coréia do Sul.
Europa, mas nem tanto
Esse espaço é reservado para as seleções da antiga Iugoslávia (que tinha minha torcida na Copa de 90) ou para aqueles sem qualquer tipo de histórico de vitória em torneios internacionais, mas por serem europeias acabam ficando abaixo na lista. Você pode torcer em algumas circunstâncias para as seguintes seleções: País de Gales, Dinamarca (já foram campeões europeu, porém tão simpáticos), Suiça, Polônia, Croácia e Sérvia.
Eixo do mal
Por seu péssimo futebol, essas seleções deveriam estar bem melhores colocadas nessa lista, mas a política e os direitos humanos os empurram para baixo. É o caso do Catar, por razões supracitadas, da Arábia Saudita (que faz picote de jornalistas de oposição), do Irã ( que condenou a morte mais de 15 mil manifestantes há pouco) e dos Estados Unidos (por estarem metido com tudo isso aí e por que tratarem qualquer campeonatinho da várzea deles como world champions, então vão aprender um pouco de geografia e deixem a Copa para o resto mundo).
Grupo da Morte
Esse é o grupo de seleções que só iremos torcer em caso de confronto entre as mesas. Mas ao contrário dos grupos anteriores, esse possuí uma ordem bem específica dos mais torcíveis para os menos:
Bélgica: Vamos perdoar os horrores de Leopoldo II e a derrota do Brasil em 2018. A seleção belga nunca ganhou nada, coitada.
Holanda: Uma Bélgica com mais glamour.
Portugal: Nunca ganhou uma Copa, então ganha posições na simpatia. Fala português (de uma forma estranha) o que também ganha pontos. Mas a existência do Cristiano Ronaldo faz eles perderem todos eles. Porém há quem goste.
Espanha: era uma seleção simpática até 2010, depois ficou um porre.
Inglaterra: está pagando carmicamente por todos os crimes durante a colonização de diferentes continentes.
França: ainda não estou recuperado da final de 1998.
Alemanha: se ganhar vira penta, impossível torcer (a Itália não se classificou, Nova Pádua chora, hahahahahah).
Argentina
Vamos ser bem claros. Não há nenhum tipo de animosidade contra o país. Nossos vizinhos estão no mesmo barco de latinoamerica toca me voy em termos de situação social e outros paranauês, eles merecem ser muito felizes. Mas não em Copa do Mundo.
Copa do Mundo é outra história. Um resultado aceitável para a seleção argentina seriam três derrotas de 9 a 1, fora o olé. Não há a mínima possibilidade de ficar feliz com a vitória de uma seleção que foi uma das maiores responsáveis por tornar o mullet um corte de cabelo popular. Não há.
Era isso, agora é só torcer para a seleção certa ou então (Gabriel) Jesus chora.
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